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A manhã desta terça-feira (20) foi marcada por protestos em frente ao Paço Municipal de Araraquara. Dezenas de servidores públicos municipais puxaram o coro “Negocia, Lapena!”, cobrando a retomada do diálogo com o prefeito sobre o reajuste salarial. A manifestação ocorre um dia após a assembleia que decidiu pela greve geral por tempo indeterminado, motivada pela insatisfação com a proposta apresentada pela istração.
Com o impacto da frase: “É greve porque é grave!”, os trabalhadores reivindicam que a Prefeitura reabra as negociações com o Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (SISMAR), alegando que o reajuste oferecido representa uma perda salarial real para a categoria.
“Todo ano a gente luta por reajuste, mas agora vêm com uma proposta que reduz nosso salário. Isso é inaceitável”, desabafou uma servidora durante o ato.
Outro trabalhador declarou: “Diminuir salário não pode. Quer cortar, fala na nossa cara.”
Vale lembrar que na noite de ontem (19), onde mais de mil servidores estavam presentes, representantes do SISMAR explicaram que, com apoio dos vereadores, a pauta da Câmara será travada até que o governo aceite negociar. “Nada será votado enquanto a prefeitura não sentar com a gente para resolver essa situação”, afirmou o presidente do sindicato, Gustavo Jacobucci.
Segundo o SISMAR, dez vereadores manifestaram apoio à greve e se comprometeram a trancar a pauta da Câmara até que o governo retome as negociações. Entre eles estão Maria Paula (PT), Filipa Bruneli (PT), Alcindo Sabino (PT), Paulo Landim (PT), Aluísio Boi (MDB), Marcão da Saúde (MDB) e Guilherme Bianco (PCdoB), além do enfermeiro Delmiran (PL), Michel Kary (PL) e Cristiano da Silva (PL).
A vereadora Filipa Brunelli (PT) também reforçou o compromisso dos parlamentares com a causa: “Vamos usar o regimento para travar a próxima sessão. Nenhum projeto será votado até que a prefeitura dialogue com vocês.”
O estopim da paralisação foi a proposta salarial feita pela istração municipal, considerada pelo SISMAR como uma redução disfarçada de reajuste. Segundo o sindicato, a oferta não cobre as perdas inflacionárias e compromete o poder de compra dos servidores.
Já a pauta dos servidores, apresentada oficialmente pelo SISMAR, contempla uma série de demandas que visam recuperar perdas históricas e garantir direitos da categoria:
A Prefeitura de Araraquara havia anunciado, na segunda-feira (19) que ingressou com um pedido no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para que a greve seja considerada ilegal. No pedido, a istração solicita a manutenção dos serviços públicos essenciais e a aplicação de multa diária em caso de descumprimento de eventual ordem judicial. A Prefeitura destacou que, em situações anteriores, o Poder Judiciário já classificou greves semelhantes como abusivas, o que resultou em prejuízos diretos aos servidores. Por isso, o governo municipal recomenda cautela e aguardo da decisão judicial antes da adesão ao movimento.
Segundo nota oficial, não haverá reabertura das negociações, pois a proposta atual representa “o limite responsável dentro da capacidade orçamentária”.
O SISMAR garantiu que serviços considerados essenciais à população serão mantidos, mesmo com a paralisação da maioria dos setores da istração Municipal. Entre eles estão:
A greve segue por tempo indeterminado até que o governo aceite retomar as negociações.
