Na tarde desta quarta-feira (7), vereadores de Araraquara se reuniram para iniciar oficialmente os trabalhos da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Educação, que investigará possíveis irregularidades provocadas por decretos da Prefeitura que alteraram o funcionamento da merenda e do transporte escolar na cidade.
Estiveram presentes no encontro os vereadores Balda (Novo), Cristiano da Silva (PL), Guilherme Bianco (PCdoB) e Maria Paula (PT). O vereador Aluisio Boi (MDB), também integrante da CEI, não pôde participar da reunião.
Durante a deliberação, foi definido que o presidente da Comissão será Guilherme Bianco, enquanto a relatoria ficará sob responsabilidade da vereadora Maria Paula. Na sequência, o grupo estabeleceu as primeiras ações da investigação.
Com foco inicial na merenda escolar, os vereadores decidiram realizar visitas de fiscalização em todas as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs). Nessas inspeções, também serão entregues questionários aos diretores escolares para buscar detalhes sobre as condições atuais da alimentação fornecida aos alunos.
As EMEFs foram divididas entre os parlamentares, garantindo cobertura total da rede municipal. Após essa primeira fase, os Centros de Educação e Recreação (CERs) também serão inspecionados.
A investigação também vai fiscalizar o setor do transporte escolar. A Comissão convocará agentes públicos que atuam diretamente na área para prestar esclarecimentos sobre as mudanças ocorridas após a edição dos decretos.
Segundo o presidente da CEI, Guilherme Bianco, a criação da comissão se deu após diversas tentativas de diálogo frustradas com a Prefeitura.
“Solicitamos os estudos que embasaram os decretos, mas não obtivemos resposta. Na Audiência Pública sobre o tema, nenhuma autoridade municipal compareceu. Além disso, vereadores da base do governo impediram a convocação formal do Secretário de Educação para esclarecimentos”, declarou Bianco.
O vereador também citou denúncias recebidas por vereadores sobre a falta de infraestrutura nas escolas, como cozinhas inadequadas e redução no envio de insumos, o que pode comprometer a qualidade e quantidade da merenda servida aos alunos.
“Diante da ausência de respostas e da insatisfação crescente da população, a única alternativa foi a abertura da CEI para apurar com profundidade essas mudanças, que afetam diretamente a vida da comunidade escolar”, finalizou.
