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Na manhã desta segunda-feira (24), o Jornal da EP, comandado pelo jornalista José Carlos Magdalena, revelou gravações que envolvem o vereador Emanoel Sponton (Progressistas) em um suposto esquema de rachadinhas.
A Rachadinha é uma prática de corrupção caracterizada pelo ree de parte dos salários de assessores para o parlamentar ou secretário a partir de um acordo pré-estabelecido ou como exigência para a função.
Em Araraquara, gravações, feitas com ex-assessores do vereador Emanoel Sponton, apresentadas pelo Jornal da EP, detalham uma acusação de que o parlamentar teria solicitado que parte do pagamento recebido pelos assessores fosse devolvida ao seu próprio bolso, caracterizando a "rachadinha".
Segundo o jornalista Luis Antonio, uma das pessoas com quem ele conversou confirmou que era instruída a devolver uma parte de seu salário para o vereador. Ela relatou que o pagamento era feito por meio de PIX, e que o valor era transferido para um familiar de Sponton, mensalmente.
Uma das ex-assessoras confirmou, em conversas com o jornalista, que a devolução dos valores acontecia com frequência, sendo realizada por meio de PIX.
As ex-assessoras alegaram que Sponton justificava essa prática dizendo que sua campanha era muito cara, e que ele precisava "fazer caixa" e recuperar parte do investimento feito durante a campanha.
Além disso, o vereador teria argumentado que seus assessores não precisavam trabalhar em tempo integral no gabinete, podendo conciliar outras atividades profissionais com o trabalho parlamentar.
O caso gerou grande repercussão, e a Câmara Municipal de Araraquara se manifestou por meio de uma nota oficial. O presidente da Câmara, vereador Rafael de Angeli (Republicanos), reforçou o compromisso da casa “com a transparência e a legalidade”, e afirmou que, “caso existam denúncias concretas sobre rachadinha, elas devem ser formalmente apresentadas aos órgãos competentes, como o Ministério Público e a Comissão de Ética da Câmara”.
Diante da gravidade das acusações, o caso será encaminhado à Comissão de Ética da Câmara Municipal para investigação.
O presidente da comissão, Aluísio Boi (MDB), afirmou, em entrevista ao Jornal da EP, que convocará uma reunião com os membros da comissão, composta pelos vereadores Guilherme Bianco (PCdoB), Alcindo Sabino (PT), Coronel Prado (Novo), Filipa Brunelli (PT) e Michel Kary (PL). Segundo Boi, "não podemos ficar sem uma resposta", e o plano de trabalho da comissão será definido após ouvir todos os envolvidos.
“É um fato concreto. O programa já divulgou nome e os dados. A cidade já sabe. Não podemos ficar sem uma resposta”.
Em relação às possíveis punições, Boi destacou que as denúncias podem levar desde uma advertência verbal até uma cassação de mandato, caso as evidências sejam comprovadas. "Para uma cassação, a votação deve ser feita pelo plenário da Câmara", explicou o presidente da comissão.
A equipe do Portal Araraquara Agora tentou contato com o vereador Emanoel Sponton (Progressistas) buscando respostas para os seguintes questionamentos:
Porém não obtivemos nenhum tipo de resposta até o fechamento desta reportagem.
O espaço segue aberto para manifestação do parlamentar.
