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O consumo de cigarros eletrônicos, ou vapes, registrou um aumento expressivo no Brasil nos últimos anos, especialmente durante eventos sociais como as festas de fim de ano.
Dados recentes apontam que o uso desses dispositivos cresceu 600% nos últimos cinco anos, tornando-se uma preocupação de saúde pública, conforme revelado por estudos realizados entre 2023 e 2024.
Esses dispositivos, amplamente utilizados entre jovens, atraem pela aparência moderna e sabores variados, mas escondem perigos significativos à saúde.
O médico pneumologista Dr. Flávio Arbex alerta que, embora os vapes sejam frequentemente vistos como uma alternativa "mais segura" aos cigarros tradicionais, essa percepção é enganosa.
“A inalação de substâncias químicas presentes nos líquidos dos vapes pode causar inflamações pulmonares e até quadros mais graves, como doenças respiratórias crônicas. É importante desmistificar essa ideia de que eles são inofensivos, especialmente quando se popularizam em épocas festivas”, ressalta o especialista.
Com a proximidade das festas, o uso desses dispositivos aumenta devido ao caráter social e recreativo das celebrações. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não há evidências de que os vapes ajudem na redução do tabagismo. Pelo contrário, sua popularidade tem contribuído para a iniciação de jovens no uso de nicotina, o que pode levar à dependência e ao uso posterior de cigarros tradicionais.
Dr. Arbex reforça a importância de medidas preventivas e de conscientização, especialmente em um momento em que as famílias se reúnem e os jovens estão mais expostos.
"Educar sobre os riscos é essencial para que escolhas conscientes sejam feitas, evitando problemas de saúde a longo prazo", conclui o pneumologista.
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