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O Ministério Público de São Paulo denunciou Elizabeth dos Santos Soares de 35 anos, por homicídio qualificado pela morte do ex-padrasto Antônio Ferreira de Souza de 75, no Jardim Brasília em Araraquara. O crime aconteceu dia 10 de fevereiro deste ano na residência do aposentado e o Judiciário já recebeu a denúncia e encaminhou o caso para julgamento pelo Tribunal do Júri.
De acordo com o inquérito concluído pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais), a ex-enteada matou a vítima com diversos golpes de faca no pescoço, tórax e mãos, em um ataque descrito como extremamente violento. Antes da morte de Antônio os dois foram vistos juntos em um bar na Avenida Alameda Paulista, no bairro Jardim Paulistano.
Imagens de câmeras de segurança do estabelecimento mostram os dois conversando e deixando o local juntos, porém pós consumar o assassinato Elizabeth trancou a porta da casa e impediu o aposentado de pedir socorro. Em seguida ela fugiu levando o celular de Antônio e marcas de sangue próximas à porta revelaram que ele tentou sair, mas não conseguiu.
Na época do crime o delegado titular da DIG Renato Candido Soares, deu uma entrevista ao repórter Flavio Fernandes do Araraquara Agora e contou detalhes do depoimento da mulher.
“Ela disse que considerava a vítima como um pai e que não tinha nenhum relacionamento amoroso com ele. Mas, por conta de um desentendimento acabou atacando o Antônio. Ela afirmou também que não tinha a intenção de fazer aquilo e que a vítima era alguém querido para ela e que está arrependida”, revelou o delegado.
Segundo a denúncia do MP o crime foi cometido por motivo fútil, após uma discussão por dinheiro que seria para financiar o vício da denunciada em bebida e drogas. O órgão também apontou o uso de meio cruel, pelo número, localização dos golpes e recurso que dificultou a defesa da vítima, considerando a superioridade física da acusada, o uso de arma branca e o fato de a vítima ser um idoso de 75 anos.
A promotoria pediu sua condenação dela em julgamento pelo Tribunal do Júri e Elizabeth está sendo representada pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, por meio do advogado Mário Sérgio Ota que preferiu não comentar o caso publicamente. Ele informou que apenas vai se manifestar nos autos por conta do processo que corre em segredo de Justiça.
A mulher segue presa preventivamente na Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto, onde aguarda o julgamento que ainda não tem data marcada e deve acontecer ainda neste ano.
