Em entrevista ao Portal Araraquara Agora, o prefeito eleito de Araraquara, Dr. Lapena (PL), apresentou propostas para a saúde pública da cidade que pretende implementar em sua gestão. Segundo ele, atualmente, a população enfrenta dificuldades de “vaga para consulta, não tem vaga para exame, demora meses, pessoas deitadas no chão da UPA, fila de maca nos corredores da Santa Casa. São problemas extremamente graves que causam sofrimento à nossa população", afirmou.
Como uma das propostas de sua gestão, Dr. Lapena propôs a criação do Programa de Saúde da Família (PSF) nas unidades básicas de saúde, com o intuito de oferecer um atendimento mais próximo da comunidade.
“O agente comunitário vai visitar as famílias, identificar suas necessidades, levar remédios em casa e garantir que estão sendo usados corretamente. Com isso, o número de consultas deve diminuir, já que muitas demandas serão resolvidas diretamente nas residências”, explicou.
Poupatempo da Saúde: o que é?
Outra ideia anunciada por Lapena é a criação de um "Poupatempo da Saúde", nos moldes do Poupatempo de documentos, mas focado em consultas e exames com especialistas.
“Seria um centro com especialidades médicas como neurologia, endocrinologia, oftalmologia e otorrinolaringologia, onde o paciente poderá agendar consultas e realizar exames como mamografia e ultrassom rapidamente, em um único lugar. Isso vai otimizar o fluxo e reduzir as filas de espera”, detalhou.
Dificuldade nas UPA e construção de Hospital Municipal
A questão das UPAs também foi abordada. Segundo o prefeito eleito, a melhoria na saúde preventiva e a ampliação de especialidades reduzirão a pressão sobre os atendimentos emergenciais.
Para isso, ele planeja a contratação de mais profissionais, como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, para garantir a qualidade dos serviços.
Lapena também destacou a possibilidade da construção de um hospital municipal de baixa complexidade, algo inédito em Araraquara. Ele reconhece que a obra é cara e demorada, mas vê como essencial para aliviar a demanda da Santa Casa, que hoje é o único hospital da cidade que atende pelo SUS.
“Com esse hospital, poderemos tratar casos leves, como pneumonias e infecções, além de termos uma ala dedicada a pacientes acamados e em cuidados paliativos. Isso vai liberar cerca de 100 vagas na Santa Casa para atendimentos mais complexos, como fraturas, câncer e cirurgias urgentes”, afirmou.
Ele ressaltou que, além de construir o hospital, é preciso garantir recursos para seu custeio e manutenção, bem como para a valorização e contratação de mais servidores.
“Precisamos de dinheiro para manter esses serviços, e isso só será possível se economizarmos cada centavo do dinheiro público e buscarmos recursos nos governos estadual e federal para financiar esses projetos”, concluiu.
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