Ministro de Bolsonaro diz que vai iniciar transição de governo e cumprir a lei
Segundo Ciro Nogueira, ministro-chefe da Casa Civil, Geraldo Alckmin deve ser o nome para coordenar equipe de transição
01/11/2022 17h06 - Atualizado em 01/11/2022 às 17h06
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ministro-chefe da Casa Civil do presidente Jair Bolsonaro (PL), Ciro Nogueira (PP), disse nesta terça-feira (1) que vai iniciar a transição de governo. De acordo com ele, o nome do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), será formalizado para o processo.
A fala de Ciro Nogueira aconteceu logo após o primeiro pronunciamento de Jair Bolsonaro após o fim do segundo turno. "O presidente Jair Messias Bolsonaro, me autorizou e, quando for provocado, com base na Lei, nós iniciaremos o processo de transição. A presidente do PT, segundo ela [Gleise Hoffmann], em nome do presidente Lula, disse que na quinta-feira será formalizado o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin. Aguardaremos que isso seja formalizado para cumprir a Lei do nosso país", comentou o ministro de Bolsonaro.
O pronunciamento de Bolsonaro O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez a sua primeira manifestação após a derrota no segundo turno das eleições para o então ex-presidente Lula (PT). O pronunciamento aconteceu na tarde desta terça-feira (1), no Palácio da Alvorada.
O pronunciamento de Jair Bolsonaro começou exatamente às 16h37, quando o presidente começou agradecendo os seus mais de 58 milhões de eleitores. No total, o discurso do presidente durou cerca de dois minutos.
Bolsonaro comentou sobre as manifestações e disse que os movimentos são frutos de "indignação" e "sentimentos de injustiça". Segundo o presidente, as manifestações pacíficas são bem-vindas, mas que não podem prejudicar a população. Ele citou, inclusive, o cerceamento ao direito de ir e vir.
Após o discurso do presidente, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), disse que o presidente Jair Bolsonaro o autorizou a iniciar o processo de transição do governo.
Veja abaixo o discurso feito pelo presidente Jair Bolsonaro:
"Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são frutos de indignação e sentimentos de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento ao direito de ir e vir.
A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade. Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivo do que nunca, sonhos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra.
Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira. Muito obrigado"
