Uma denúncia de apologia ao nazismo levou a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) cumprir um mandado de busca e apreensão na tarde desta segunda-feira (13), resultando na prisão de um homem de 42 anos por pornografia infantil e drogas. O caso teve início após uma bandeira estampada com a suástica nazista ser avistada na janela de uma residência no Jardim Morumbi, o que motivou a abertura de um inquérito.
Segundo o delegado da DIG de Araraquara, Renato Candido Soares, a equipe policial cumpriu o mandado de busca expedido pela 3ª Vara Criminal. "Recebemos a incumbência de cumprimento do mandado em decorrência da bandeira nazista. Durante a operação, o investigado foi encontrado em um cômodo da casa. Ele foi detido quando tentou ir ao banheiro", detalhou o delegado.
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Descobertas na residência
Na residência, os agentes encontraram dois celulares ligados e exibindo material pornográfico infantil, levando à prisão em flagrante do investigado. Além disso, fragmentos de uma bandeira nazista queimada foram localizados no jardim da casa. Três porções de crack e um cartucho de munição calibre 12 também foram apreendidos.
Sobre a bandeira, o suspeito alegou que a queimou antes da chegada da polícia. A prática de fabricar, comercializar ou veicular símbolos nazistas é considerada crime no Brasil, conforme a Lei 7.716/1989, com pena de dois a cinco anos de prisão e multa.
"Todo o material encontrado, incluindo celulares e computadores, foi apreendido para análise. A perícia irá examinar as evidências e determinar a origem e extensão do envolvimento do suspeito com os crimes de pornografia infantil", acrescentou o delegado Soares.
Embora o investigado tenha sido autuado em flagrante, ainda não está claro se ele apenas consumia o material pornográfico ou se também estava envolvido na produção ou distribuição. "Agora, seguem as investigações. Ele foi encaminhado para a Cadeia Pública de Santa Ernestina e ará por audiência de custódia, onde o juiz decidirá pela manutenção ou não de sua prisão", explicou o delegado.
O caso chamou a atenção pela gravidade e complexidade. A exposição de uma bandeira com a suástica remete a um dos períodos mais sombrios da história mundial, em que o regime nazista, liderado por Adolf Hitler, promoveu o extermínio de mais de seis milhões de judeus e outras minorias.
A denúncia inicial foi feita por um pedestre que, ao ar em frente à residência, fotografou a bandeira e relatou o ocorrido à polícia. "É uma situação rara, mas que requer rigor, considerando o impacto simbólico e histórico dessa prática", pontuou o delegado Edivaldo Ravenna Picazo, que iniciou o inquérito.
As autoridades reforçam que a utilização de símbolos nazistas não é apenas ofensiva, mas constitui uma violação grave da lei brasileira, sendo tratada como prioridade nas investigações.
O repórter Flavio Fernandes acompanhou ao vivo a ocorrência (Clique Aqui e Assista).
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