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Por Guilherme Jorge da Silva
Diferente das HQs, filmes baseados em personagens e histórias de games sempre teve má sorte nas telonas. Existe uma infinidade que tinha tudo para ser bom – como Residente Evil (2002), Mortal Kombat (1995) e Street Fighter (1994) - e que são puro lixo e perda de tempo. Ironicamente, um dos melhores filmes de games não tem origem nos games e foi feito Spielberg em 2018 (Jogador N.1, mas isso é outra história).
Todo mundo sabe, ou deveria saber, que num seleto panteão de personagens de games (que inclui Mário, Pacman, Link, Donkey Kong e poucos outros, quatro ou cinco), Sonic tem sua cadeira cativa no olimpo. Senhor absoluto dos anos 1990, principal personagem da desenvolvedora Sega e eterno rival de Mário, o pequeno ouriço azul domina coração e mente daqueles que não só viveram e jogaram os anos 1990 como também todo amante de vídeo game. Diria que, assim como Mário, sua figura é indissociável de uma indústria que fatura mais que o mundo do cinema e o mundo da música juntos.
Diante tamanha liturgia, não foi de se irar a celeuma do ano ado envolvendo o design dessa importante figura. Ora, estamos falando de Sonic. Se a Paramount se prestou em fazer um filme tão espinhoso como esse e fadado ao erro e fracasso, que ao menos tivesse em sua arte toda a importância e fundamento da personagem. O estúdio voltou atrás (amém) e atrasou o lançamento do filme para o início de 2020. Por fatores que envolvem um punhado de sorte, competência e calendário, Sonic: o filme honra o legado e a legião de fãs do mamífero.
Sonic (dublado pelo talentoso Ben Schwartz) é perseguido devido seus poderes. Com os anéis dourados – que o teleportam para diversos mundos e lugares – se exila no planeta Terra, ando anos escondido em uma pequena cidade chamada Greenville (e Deus abençoe o bom fan service). Numa descarga de energia, atrai a atenção do Governo americano que escala o excêntrico Dr. Robotnik (um retorno maravilhoso de Jim Carey nas telonas) para pega-lo. Correndo contra o perigo, contará com a ajuda do Donut Lord (James Marsden) para reaver suas argolas perdidas e se mudar para a tediante terra dos cogumelos (Hello, Mário!).
Não há nada de surpreendente e corajoso no roteiro apenas correto do trio Casey, Miller e Uziel. Bem da verdade, algumas vezes falta um ponto climático para o drama e o suspense. Mas seu principal defeito é sua principal qualidade. É uma alegria imensa que não tenham recorrido para invencionices cinemáticas (filme muito bem dirigido por Jeffrey Fowler) e narrativas. Sonic, por si só, já se sustenta. É necessário, apenas, condução e alma. E temos ambos!
Toda referência e detalhe são colocados com atenção e carinho. Não se pretende – e nem é necessário - criar uma mitologia robusta. Linguagem simples e direta, a relação entre sonic e Donut Lord é verdadeira, fraterna e emotiva. O policial que tenta uma promoção para uma cidade maior representa o marmanjo que conhece as entranhas do Sonic, que viu parte do seu imaginário jovem e infantil ser construído entre corridas, argolas e vidas. Aliás, a idade de Marsden (41 anos) é adequada para isso. Outra personagem bem construída é do Dr. Robotinik. A produção tratou com o devido respeito a trajetória de Carey e deu espaço para suas caretas, performances cênicas e construções humorísticas tão características do ator, tornando um lendário vilão em uma ácida e deliciosa figura.
Assim, diretores e roteiristas provaram conhecer e reconhecer a alma de Sonic, com um resultado que não poderia ser outro: sucesso de público e crítica. Rumando ao final do filme, para suas duas cenas pós-créditos, temos a cereja do bolo que acelera o coração de qualquer pessoa que tenha vivido os anos 1990 como se deve: a elegante introdução da trilha tema de Sonic hedgehog 1991). Se até esse momento o filme não te convence, você não poderá evitar um marejar de olhos nostálgicos e uma saudável arritmia cardíaca.
Por fim, se a rivalidade eterna entre Sonic e Mário jamais será vencida, podemos dizer com toda certeza que Sonic ganhou com larga vantagem nas telonas diante o fiasco da versão do encanador em Super Mario Bros. (1993). Então, por hora, Sonic 1 Vs Mário 0!
Sonic: O filme está disponível na Claro Now.